Vou contar agora a história do livro que produziu analfabetos.
É inacreditável, mas é verdade.
É uma história importante nesse momento em que se debate, mais uma vez, a educação estatal brasileira e seus livros didáticos.
Aconteceu aqui mesmo no Brasil.
Foi assim:
Em 2011 o Ministério da Educação e Cultura aprovou o livro didático “Por Uma Vida Melhor” para o ensino da língua portuguesa nas escolas públicas.
O livro continha a frase: “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado“, com a explicação: “Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural”.
Veja a orientação que os autores do livro dão aos alunos (página 15):
“Mas eu posso falar ‘os livro’?”.
E a resposta dos autores: “Claro que pode. Mas com uma ressalva, ‘dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico’”.
O MEC, na época, informou que o livro foi aprovado porque “estimula a formação de cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade”.
Segundo declaração do MEC, na época, “é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar, e que a escrita deve ser o espelho da fala”.
Em 2011 o Brasil era presidido por Dilma Roussef e o ministro da educação era Fernando Haddad.
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