A morte do soldado da Polícia Militar da Bahia Wesley Soares gerou ondas de choque no país.
As redes sociais foram inundadas por narrativas e interpretações.
Não sou policial, e nem tenho procuração para falar por eles. Mas, há anos, tenho a honra de defender a polícia e explicar seu papel na sociedade.
Vamos aos fatos: há décadas a extrema-esquerda tenta destruir o sistema de justiça criminal do Brasil, começando pela polícia.
Não existe alvo mais prioritário para os ideólogos que a Polícia Militar. Criou-se no imaginário popular, com o auxílio diário da mídia, a imagem de uma instituição autoritária, truculenta e corrupta, cuja única missão é extorquir e assassinar os membros menos favorecidos da sociedade.
No Rio, o 5 T F chegou a proibir operações policiais nas 1.400 favelas dominadas por narcoterroristas ou milicianos.
Essa narrativa contra a polícia não é apenas uma mentira; ela é a ponta de lança de uma estratégia ideológica para eliminar a última barreira que impede a extrema esquerda de assumir o controle total do Estado.
Não esqueçam: a esquerda já controla o sistema de ensino, a grande mídia, a indústria de entretenimento e, cada vez mais, a justiça.
O que sabemos sobre o caso da Bahia? Todas as evidências apontam para um surto psicótico.
Para quem conhece a rotina das polícias, não há nenhuma novidade.
Episódios de psicose são comuns em uma profissão dominada pela tensão, pelo medo permanente e por péssimas condições de trabalho. Há alguns anos, alguns batalhões da Polícia Militar de uma certa capital brasileira tinham quase vinte e cinco por cento dos seus policiais afastados por motivos psiquiátricos; imaginem como esse número deve estar agora.
Policiais não são super-homens. Eles estão submetidos aos mesmos medos, angústias e preocupações que todos nós.
Se o incidente em Salvador teve origem em um surto psicótico, isso não diminui a responsabilidade do governador pela utilização da polícia em ações inconstitucionais.
A responsabilidade do governador é direta, e ele deve responder por isso.
Mas não podemos fazer o papel de inocentes úteis que seguem um script da extrema-esquerda.
Vejo pessoas no Twitter e Facebook proclamando que “ordem injusta não se obedece”, e conclamando os policiais militares à rebelião. Antes de dizer isso, é preciso conhecer a realidade.
São gravíssimas as consequências para um policial militar que resolva descumprir uma ordem superior. Entre essas possíveis consequências estão prisão, expulsão da corporação, humilhação e possível destruição moral e econômica.
A hierarquia e disciplina militares têm uma razão de ser. Uma tropa de homens armados em que cada um faz o que achar melhor é a receita para o caos. Uma organização militar parte do pressuposto que as ordens vindas de um superior são corretas e devem ser obedecidas.
É assim no mundo inteiro, sem exceção.
O Brasil tem meio milhão de policiais militares – é um efetivo maior do que o do exército, marinha e aeronáutica somados. Um forte sentido de ordem e disciplina é essencial para que essa tropa seja sempre uma força do bem, a serviço da sociedade, da democracia e da liberdade.
Infelizmente, alguns policiais militares estão recebendo de seus comandantes – que receberam dos governadores – ordens que contrariam a Constituição. Cidadãos estão sendo privados do seu direito de ir e vir ou de trabalhar, e sendo agredidos ou presos por atos que não são crimes.
Policiais são forçados a cumprir essas ordens inconstitucionais, sem a possibilidade de recusar. Que alternativas eles têm?
Várias.
Uma delas é o que estão fazendo oficiais da maioria das PMs de todo o país: buscar um equilíbrio, com bom senso e razoabilidade, entre as ordens recebidas e os direitos dos cidadãos.
Sem que seja descaracterizado o descumprimento de ordens – o que sujeitaria os policiais a punições – os oficiais e suas tropas reprimem as atividades que são patentemente absurdas como, por exemplo, a realização de festas clandestinas ou bailes funk – os “pancadões” – enquanto procuram respeitar os direitos do cidadão de bem.
Nem tudo dá certo o tempo inteiro. Excessos acontecem. A polícia, como qualquer organização, é composta de pessoas mais ou menos conscientes. Existem os que abusam de sua autoridade. Esses abusos são filmados, divulgados e mancham a imagem de toda a corporação. A polícia também recebe a culpa de excessos cometidos pelas guardas municipais.
E é exatamente isso que a extrema-esquerda quer.
É justa a revolta da população contra o cumprimento de ordens inconstitucionais.
Mas ela não pode se transformar em um ataque generalizado à instituição policial.
É exatamente isso que a extrema-esquerda quer.
Entendam: a polícia é uma das últimas barreiras que nos separam do abismo do crime e da Venezuelização.
É um erro gigantesco ofender policiais e incentivar atitudes radicais. É isso que a esquerda quer.
A quebra da ordem institucional – com motins, movimentos grevistas e quebra de hierarquia – é tudo o que a extrema esquerda sempre sonhou.
O sistema de justiça criminal brasileiro, no qual estão incluídas as polícias, tem problemas graves e precisa de uma ampla reforma. Falo disso nos meus três livros.
Mas não é disso que estamos falando agora.
Estamos falando de uma guerra entre o bem e o mal, entre a liberdade e a tirania.
Na luta para reaver nossos direitos perdidos a polícia é nossa aliada, jamais nossa inimiga.
Aqueles que criticam e ofendem policiais militares estão fazendo o jogo dos tiranos.
É exatamente isso que os tiranos querem.
Perdidas as polícias, estarão perdidos de vez nossas liberdades e direitos.
É provável que o surto do soldado Wesley tenha sido provocado pela transformação do seu trabalho em instrumento de tirania.
Para que o seu sacrifício não tenha sido em vão, vamos tratar os policiais com o respeito que eles merecem, ao invés de ataca-los.
Vamos exigir a remoção do poder, e a responsabilização criminal, de todos os tiranos que usaram a polícia como instrumento de terror e opressão. Começando com Rui Costa, o ditador petista da Bahia.
Vamos trabalhar para que jamais, na história desse país, o PT – uma quadrilha com registro partidário – comande de novo uma força policial.
Vamos rezar pelas famílias de todos os policiais militares e civis do Brasil, que arriscam diariamente suas vidas, para nos proteger dos perigos gêmeos do crime e da servidão totalitária.
Vamos rezar pela família de Wesley Soares Goes, que fez o sacrifício maior.
Que Deus o abençoe, abençoe todos os policiais, nos dê coragem para lutar, e ilumine essa nação.
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