A Coisa Que Mais Quero no Mundo

A coisa que mais quero no mundo é que minha filha possa ir sozinha, sem medo, até a esquina comprar um pão. Que qualquer criança, em qualquer cidade do Brasil, possa ir sozinha para a escola, de ônibus ou a pé, sem medo de ser vítima de um crime brutal.

Não acho que isso seja pedir muito.

Nos últimos anos me dediquei a estudar o combate ao crime. Sou engenheiro, um cidadão comum, mas tenho capacidade de raciocínio e a determinação de aprender. Estudei, li e conversei com policiais, promotores e juízes do norte ao sul do país. Conversei com secretários nacionais de segurança pública, com os chefes das polícias e com o Ministro da Defesa.

Fundei uma empresa para trazer uma tecnologia revolucionária de combate ao crime para o país. Minha dissertação de mestrado comparou forças policiais americanas com brasileiras. Conheci Bill Bratton, o homem que tornou Nova Iorque um lugar seguro para viver.

Fundei um movimento de cidadãos contra o crime – Brasil Seguro. Participo de outro movimento, o #TolerânciaZero. Ajudo na mobilização dos moradores do meu bairro – o Arpoador – para apoiar o trabalho da polícia, consertar viaturas e implantar sistemas de vigilância comunitária.

Fiz dezenas de vídeos explicando o que aprendi e os caminhos que devemos tomar. Escrevi um livro – Ou Ficar A Pátria Livre – com um capítulo dedicado à crise de criminalidade que vivemos. Publiquei também dezenas de artigos e fiz inúmeras palestras por todo o Brasil.

Minha caminhada não é motivada por ideologia e nem por interesses corporativistas. Quero apenas dar à minha família a liberdade que desconhecemos: a de viver em paz, sem sustos, saindo de casa com a certeza de que voltaremos.

Quero que todos os cidadãos brasileiros tenham esse direito.

Para isso é preciso derrubar mitos, expor mentiras, enfrentar os farsantes e todos aqueles que lucram com a indústria do medo, ou que ganham votos espalhando preconceito e incentivando a desordem.

Sei que tenho do meu lado uma multidão de brasileiros que estão cansados de viver de cabeça baixa. Sei que é possível, com inteligência e coragem, em pouco tempo, virar esse jogo.

Nada é mais importante. Nada é mais urgente. Não existe prioridade maior.

É em nome dessa causa que devemos nos unir, superando todas as diferenças menores. Vamos fazer disso um projeto nacional, suprapartidário e sem ideologia. Vamos reconstruir nossa polícia, justiça criminal e sistema prisional, seguindo apenas aquilo que funciona.

Nada é mais importante que as nossas vidas.

(Foto de Yanapi Senaud)

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