Pequena Oração Por Um Menino Indefeso

Em junho de 2018 o menino Rhuan Maycon, de 9 anos, foi castrado pela própria mãe, que cortou seu pênis com uma faca de cozinha.

Rhuan não teve atendimento médico.

Ninguém soube do seu sofrimento: nem seus vizinhos, nem os professores da escola que frequentava e nem os membros do Conselho Tutelar.

O ECA e a Constituição Federal, com suas palavras belíssimas sobre direitos das crianças, não ofereceram qualquer ajuda a Rhuan.

Um ano depois, Rhuan foi assassinado com onze facadas, e teve a cabeça decepada enquanto ainda respirava.

As assassinas foram sua própria mãe e uma amiga.

O pequeno corpo de Rhuan foi esquartejado e queimado em uma churrasqueira.

Depois, os pedaços queimados do corpo do menino foram colocados dentro de sua própria mochila escolar e abandonados em um terreno baldio.

Bem-vindos ao país da impunidade

Pela lei penal brasileira, e baseado em inúmeros precedentes, eu arrisco um palpite: nenhuma das assassinas ficará presa mais de 10 anos.

Rhuan é apenas uma das milhares de crianças vítimas de crimes obscenos. Tenho certeza de que você conhece outras.

Se você quiser saber a origem desse mal, eu explico: é a impunidade, promovida e transformada em lei pelos radicais de esquerda que assumiram o controle do sistema de justiça criminal do Brasil.

Os radicais transformaram o Brasil no país da bandidolatria.

Eles tiraram do brasileiro o direito de se revoltar contra o crime. Você pode sofrer os piores suplícios nas mãos de bandidos, mas não tem jamais o direito de se indignar.

O bandido é um coitado. A culpa do assalto (ou do estupro, do furto ou da facada) é exclusivamente sua. Você é um pequeno-burguês. Você é que deve pedir desculpas ao criminoso.

É essa ideologia, convertida em dogma do direito penal brasileiro – chamado de garantismo penal – que infiltra todas as instituições: Polícia, Ministério Público, Defensoria Pública, Judiciário e Sistema Prisional.

Ela é impulsionada por muito dinheiro.

Os direitos dos bandidos

Prestem atenção ao que a bandidolatria criou no Brasil:

-A “progressão de regime”: o bandido só fica na cela 1/6 da pena, depois passa para o Regime Semiaberto (dorme na cela à noite, e durante o dia faz o que quiser). Esse “regime” vale inclusive para criminosos hediondos (que ficam na cela apenas 2/5 da pena).

– O auxílio-reclusão: são mais R$ 1.200 por mês para o bandido que foi contribuinte do INSS, enquanto ele estiver preso. “Mas o dinheiro vai para a família do preso”, se apressam a dizer os defensores de criminosos. E daí? Que diferença isso faz? A realidade é que a família da vítima, com seus impostos, está sustentando a família do criminoso.

– As visitas íntimas: é o direito de fazer sexo na prisão com um visitante, que vale para qualquer criminoso, inclusive estupradores.

– A remissão de pena por leitura: para cada livro “lido” o criminoso reduz alguns dias da pena.

– As “saidinhas” em 7 feriados por ano.

– A demonização diária da polícia na mídia.

– A glamourização do tráfico de drogas.

Graças à bandidolatria, os traficantes que torturaram e mataram Tim Lopes em 2002 passaram para o regime semiaberto e fugiram: um deles escapou em 2007 (5 anos depois do crime) e outro em 2010 (8 anos depois).

Graças à bandidolatria, os assassinos de Daniela Perez, Isabela Nardoni, João Hélio e do casal Richtofen já estão soltos. Em uma democracia de verdade, eles ainda ficariam presos por décadas (ou por toda a vida).

Graças à bandidolatria o Brasil já superou 60.000 assassinatos e 2 milhões de assaltos (apenas nas capitais) por ano. São 4 assaltos por minuto.

Quem fala pelos mortos?

O pior efeito da bandidolatria é calar as vozes das vítimas.

No Brasil é proibido dizer que o criminoso merece punição e que alguns criminosos – pelos crimes que cometeram – não têm recuperação.

No Brasil é proibido dizer que crime é escolha, e que para muitos criminosos o crime é profissão altamente rentável.

No Brasil é quase um crime dizer a preocupação da sociedade tem que ser com a vítima, e não com o criminoso.

Não há quase ninguém para falar pelas vítimas, enquanto uma legião de ONGs financiadas em dólar e pilotadas por mocinhas bonitinhas falam pelos bandidos.

Ninguém diz que, para cada criminoso em uma cela “lotada”, há uma criança orfã, uma mulher traumatizada para sempre pela violação do seu corpo, ou um pai que jamais verá de novo o seu filho.

No país da bandidolatria, todos os benefícios, cuidados e direitos vão para o criminoso – tanto o corrupto poderoso, cheio de advogados caros, que tem a Constituição reinterpretada a seu favor, quanto o criminoso violento, que ameaça, mata ou estupra: nenhum dos dois jamais será punido de verdade.

No Brasil, o criminoso recebe toda a atenção. Para a vítima sobra apenas uma cova rasa e o esquecimento.

E o silêncio.

 

Hoje à noite, antes de dormir, reze uma pequena oração pelo menino indefeso.

 


Literatura recomendada: A Destruição da Segurança Pública Brasileira, de Roberto Motta


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