Tem gente que acha que sou otimista demais quando digo que a crise de criminalidade do Brasil e do Rio pode ser resolvida em pouco tempo.
Mas não cheguei a essa conclusão de forma precipitada.
Ao contrário.
Durante muito tempo eu também achei que a crise não tinha solução.
Em 1989 eu fui embora do Brasil por pensar assim.
Acabei voltando, e decidi estudar o assunto.
Percorri o Brasil de Porto Alegre a Manaus. Conversei com soldados e oficiais da Polícia Militar, com agentes, inspetores e delegados da Polícia Civil, da Polícia federal e da Polícia Rodoviária Federal, com promotores e procuradores do Ministério Público, com juízes e desembargadores de todo esse país. Estive com Ministros da Defesa, da Justiça e da Segurança Pública.
Estudei o trabalho dos maiores especialistas no assunto.
Visitei delegacias, batalhões e presídios.
Ajudei até a escrever um projeto de lei com mudanças na legislação penal.
Quis o destino que eu, um dia, ficasse responsável por coordenar a transferência da segurança pública do Rio, do Gabinete de Intervenção Federal para as Secretarias de Polícia Civil e Militar, no final de 2018.
Eu, que comecei essa jornada como um leigo, acabei ocupando, por um curto espaço de tempo, o cargo de Secretário de Estado na Secretaria de Segurança do Rio – a SESEG.
Foi uma jornada longa.
Aprendi muitas coisas.
Algumas dessas coisas são importantes, como a que vou contar agora.
Preste atenção.
Quando te disserem que é impossível sair da crise de criminalidade em que vivemos explique isso: em média, 10% dos criminosos são autores de 66% dos crimes.
É isso mesmo que você leu.
Aquilo que, intuitivamente, a maioria dos policiais, promotores e juízes já sabia agora foi confirmado por estudos científicos.
Um pequeno grupo de bandidos é responsável pela maior parte dos crimes.
Pense por um momento sobre o que esse dado significa.
Ele destrói as narrativas de que “o crime não tem jeito” e que “prender não resolve”.
A saída da crise de criminalidade se torna óbvia.
Basta colocar esses 10% de bandidos na cadeia por tempo suficiente, e poderemos viver em paz.
Para os inevitáveis “checadores de fatos”, aqui está o trabalho científico que é a fonte dessa informação: https://link.springer.com/article/10.1186/s40163-017-0072-2
Conheça os números e a realidade da segurança pública no meu livro Jogando Para Ganhar
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